quinta-feira, 17 de abril de 2008

Nada como estar na Cozinha...

A cozinha é um dos meu lugares preferidos da casa, adoro receber uma boa visita e trocar uma idéia interessante regado a uma boa taça de vinho.
A grande verdade é que gosto de beber algo as vezes, mas a única coisa que piloto quando bebo é o meu fogão.
Não existe nada melhor como ter compania na cozinha, é um grande prazer cortar legumes, preparar tempeiros, conversando escutando o som do fogo do fogão, sentindo o cheiro da refeição que se apronta em milhares de partículas perfumadas no ar.
O vinho é uma boa desculpa para esta conversa, quebra quase sempre o gelo, faz a visita ficar mais solta e se sentir em casa, dependendo da situação e do estado do bebum a visita até pode lavar as louças (risos).

Claro que escolher um vinho tem suas particularidades, então como escolher um bom vinho e qual tipo de vinho agregar a sua boa mesa?

Para se analisar um vinho deve-se ter bom senso. Um enófilo - amigo do vinho - deve saber hora e local para fazer uma análise. Um vinho deve ser analisado rapidamente na garrafa para se observar coloração e presença de borra. Depois é analisado na taça, não esquecendo que a temperatura é um fator preponderante na degustação. Na taça temos que colocar nossos sentidos para funcionar. Vamos lá: Visão: observar principalmente a cor e impurezas; ver as lágrimas ou pernas escorrendo pela taça. Olfato: sentir os aromas exalados, um Sauvignon Blanc, por exemplo, pode ter aromas de maracujá, maçã verde, grama cortada... Paladar: deixar o vinho derramar pela boca, sorvê-lo aos poucos e observar depois de deglutido se seu sabor permanece na boca por mais tempo ou se desaparece rapidamente, se provoca salivação ou não, se tem peso (comparado com a água) etc. Porém aconselhamos que em restaurantes ou reuniões, se analise o vinho uma única vez, e depois desfrute da companhia dos demais. Degustação, como foi dito anteriormente, tem hora e local, assim não seja um ‘enochato’.

A compatibilização é muito variável! Existem algumas regras básicas, mas não absolutas. Queijos azuis tipo gorgonzola vão muitíssimo bem com vinho do Porto. Comidas substanciosas e robustas devem ser acompanhadas de um vinho também robusto: um Cassolet vai muito bem com um Tannat - que também é recomendado para nossa feijoada! O churrasco vai bem escoltado por um Merlot, não encharca tanto quanto a cerveja e permite apreciar melhor a carne. Vale lembrar que quem comanda o vinho numa massa é o molho. Um molho ragu pede um bom tinto, ao passo que um de creme com champignon vai melhor com um branco. Foi dito uma vez por um garçom português a quem se pediu opinião o que beber com bacalhau. Ele respondeu: bacalhau não é peixe, bacalhau não é carne, bacalhau é Bacalhau. Assim pode-se saborear uma boa bacalhoada com brancos ou tintos, dependendo da potência de cada vinho para acompanhar o tipo de guarnição que leva o prato. Enfim, regras pétreas não existem,e assim vale mais o gosto de cada um.
Mas cuidado na compatibilização com alcachofra, aspargo, aliche, shoyo. Lembrar também que basicamente vinagre é vinho azedo, assim na hora da salada temperada com vinagre é melhor deixar o vinho para depois!

Ai esta a primeira dica do TOMATE CEREJA,
Grande Abraço...

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